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Contribuição da Terapia Cognitivo Comportamental nos Transtornos de Personalidade

6 de Agosto de 2024

Os transtorno de personalidade surgem na infância e adolescência e podem trazer prejuízos significativos na vida do próprio indivíduo e nas das pessoas que convivem com ela. Pessoas com esse transtorno possuem traços de personalidade inflexíveis e mal ajustados, com padrões de comportamento rígidos e reações emocionais disfuncionais dificilmente modificáveis pelas experiências e tendem a permanecer estáveis ao longo da vida do indivíduo. Por convenção, o diagnóstico só pode ser dado na fase adulta (após 18 anos), apesar de muitas vezes o desajuste ser notado desde a infância. São agrupados em 3 grandes subgrupos: A - Paranóide, Esquizóide e Esquizotípica ( esquisitices e/ou desconfiança) B - Antissocial, Bordeline, Histriônica e Narcisista ( impulsividade e/ou controle) C - Esquiva, Obsessivo-compulsiva e Dependente ( ansiedade e/ou controle) A modificação das cognições disfuncionais de quem apresenta diagnóstico de transtorno de personalidade pode ser um objetivo difícil de alcançar. Normalmente esses pacientes buscam a terapia tendo como queixa aspectos diferentes, não referente ao transtorno em si, pois apresentam problemas concorrentes. Acreditam que suas dificuldades de relacionamento são independentes de seus comportamentos e não os percebem como causadores de problemas. São pacientes mais complexos pois possuem crenças mais inflexíveis e enraizadas, encontram dificuldades em aderir e promover mudanças ao tratamento psicoterápico. A terapia cognitivo comportamental tenta explorar as estruturas mais racionais e conscientes da cognição, ajudando o paciente a identificar, reestruturar e mudar pensamentos e comportamentos desadaptativos e considerados patológicos. No caso, desses pacientes caracterológicos, a Terapia de esquema, considerada uma expansão da TCC tradicional e  que compartilha vários elementos dessa, tem muito a contribuir pois  foca no desenvolvimento e manutenção dos esquemas, principalmente naqueles formados na primeira infância. A Terapia de esquemas tem uma proposta de aperfeiçoar o modelo cognitivo ampliando e criando novas estratégias de tratamento para pacientes crônicos, mais rígidos, que não respondem satisfatoriamente ao tratamento cognitivo padrão.